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Por que os hackathons devem insistir em Software Livre

Os Hackathons são um método aceitável da comunidade dar apoio ao desenvolvimento de projetos digitais. A comunidade convida os desenvolvedores para participarem de um evento que oferece uma atmosfera encorajadora, alguns recursos úteis, e a oportunidade de trabalhar em projetos úteis. A maioria dos hackathons escolhem o projeto que eles apoiarão, com base em critérios declarados.

Os Hackathons se encaixam no espírito de uma comunidade em que as pessoas adotam uma atitude de cooperação e respeito mútuo. O software que está de acordo com este espírito é software livre, livre como em liberdade. O software livre traz uma licença que dá aos usuários (incluindo programadores) liberdade para cooperar. Assim, os hackathons fazem sentido dentro da comunidade de software livre. Os projetos de design de hardware também podem e devem ser livres.

O respeito pela liberdade não pode ser dado como certo. Pelo contrário, nós estamos cercados por empresas que descaradamente liberam softwares privativos (não livres), disponíveis somente para uso daqueles que se renderem ao poder delas. Essas empresas desenvolvem software como um meio de dominar e controlar outros.

O sucesso nocivo dessas empresas inspira jovens desenvolvedores a seguir seu exemplo ao desenvolver seus próprios programas ou projetos de hardware para dominar os usuários. As vezes elas trazem seus projetos para os hackathons, buscando o apoio da comunidade enquanto rejeitam o espírito da comunidade: eles não tem a intenção de retornar a cooperação pela cooperação. Os hackathons que aceitam isto enfraquecem o espírito comunitário em que se baseiam.

Alguns hackathons perversos são especificamente dedicados a ajudar a computação de certas empresas: em alguns casos, Europeias e bancos canadenses, e Expedia. Embora elas não digam explicitamente, os anúncios dão a impressão que elas pretendem promover o desenvolvimento de algum software não livre, e que os participantes devem ajudar esses projetos não beneficentes.

Esses exemplos mostram o quanto os hackathons podem se distanciar de seus objetivos originais. Voltemos ao caso mais comum de um hackathon que não é especificamente comercial, mas aceita projetos que são privativos.

Quando um desenvolvedor traz um projeto para um hackathon, e não diz se ele será livre, isso não é uma oposição aberta ao espírito comunitário, mas enfraquece esse espírito. Hackathons devem fortalecer o espírito comunitário em que se baseiam, insistindo que os projetos do hackathon se comprometam a liberar de acordo com esse espírito.

Isto significa dizer ao desenvolvedores, “para que você mereça nosso apoio e ajuda, você deve concordar em dar à comunidade a liberdade para o uso do resultados do seu projeto, se você considerá-los suficientemente bons para usar ou liberar”.

Como um participante individual de um hackathon, você pode apoiar esse princípio: antes de você participar de qualquer projeto de hackathon, pergunte “em qual licença você publicará isso? Eu quero ter certeza que isso será livre antes de me juntar ao desenvolvimento”. Se os desenvolvedores do projeto disserem que eles irão escolher a licença mais tarde, você pode responder que você irá escolher mais tarde se deseja participar. Não seja tímido – se os outros ouvirem essa discussão, eles podem decidir seguir o mesmo caminho.

Para ver quais licenças são licenças livres, veja a lista das licenças GNU. A maioria das licenças “open source/código aberto” são livres, mas algumas licenças open source/código aberto não são livres porque elas são muito restritivas.

A postura firme de indivíduos tem um efeito, mas uma política própria do hackathon terá um grande efeito. Os Hackathons devem pedir a cada participante do projeto que se comprometa a seguir a seguinte regra:

Se você liberar ou usar este código ou design, você irá liberar o seu código fonte sob uma licença livre. Se você distribuir o código em um formato executável, você irá fazê-lo livre também.

Muitos hackathons são patrocinados ou acontecem em escolas/faculdades, o que é uma razão adicional para que elas adotem essa regra. O software livre é uma contribuição para o conhecimento público, enquanto o software não livre retém o conhecimento do público. Assim, o software livre apoia o espírito da educação, enquanto o software privativo se opõe a ele. As escolas/faculdades devem insistir que todo o desenvolvimento de seus softwares sejam softwares livres, incluindo os de hackathons que elas apoiam.