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O que há de errado com o YouTube

O YouTube é um caso peculiar. A partir de setembro de 2020, é possível assistir a vídeos do YouTube sem executar nenhum software não livre, até mesmo via Tor, por meio de alguns dos sites intermediários “maliciosos”.

Recomendamos o uso do LibreJS com eles. Os sites maliciosos não são todos iguais: alguns não permitem que você entre sem um código Javascript não livre. Além disso, embora a maior parte do código JavaScript nesses sites carregue uma licença livre, há um arquivo, handlers.js, que não carrega. LibreJS impedirá sua execução e assistir a vídeos ainda funciona.

Também existe um complemento livre para o Firefox, chamado ViewTube, que permite acesso direto para assistir vídeos no YouTube. Ele é pré-instalado no navegador GNU, IceCat, e você pode carregá-lo no Firefox. O programa livre youtube-dl também está disponível; ele obtém dados do código JavaScript do site, mas não executa esse código. Mas o youtube.com provavelmente bloqueará esses meios de acesso se você vier pelo Tor.

Como resultado desses métodos de acesso, postar vídeos no YouTube não os coloca atualmente fora dos limites do mundo livre. Isso é bom e esperamos que dure, mas não podemos contar com eles para continuar trabalhando. O complemento quebrou uma vez em 2019 por causa de algumas mudanças no YouTube. Naquela época, um complemento corrigido foi lançado após algumas semanas. Da próxima vez, quem sabe? Assim, postar no YouTube é uma solução frágil, a menos/até que o Google se comprometa a oferecer suporte ao acesso livre.

Não use o nome do host youtube.com (ou seus aliases) para se referir a um vídeo no YouTube. Em vez disso, consulte um dos sites intermediários maliciosos que aceita visitas via Tor (teste!). Isso é à prova de falhas: se alguma coisa quebrar, seu link falhará, em vez de levar as pessoas a executar um software não livre.

O que mais estava errado com o YouTube

Isso é o que falávamos anteriormente, até 2019, sobre o YouTube como um lugar para postar vídeos ou consultar vídeos.

  • O uso normal do YouTube envolve o uso de software não livre.
    • No modo HTML5, envolve a execução de um programa JavaScript não livre. Para alguns vídeos, também requer o software não livre com DRM da Adobe que foi incorporado aos navegadores privativos e ao Firefox, mas não aos navegadores GNU, incluindo IceCat.
    • No modo (descontinuado) não HTML5, envolve o uso do Flash Player, que é não livre. Ele até diz aos usuários para instalar o Flash Player.
  • Sem o software não livre, você nem consegue ver as páginas do YouTube. Hoje em dia, sem executar o código JavaScript não livre, a janela do navegador aparece em branco.
  • O YouTube tenta impedir que as pessoas baixem cópias. O código JavaScript não livre para alguns vídeos não permite que o navegador salve uma cópia. Esta é uma forma de DRM.
  • Existe um programa livre, ytdl, que pode baixar o vídeo para algumas páginas do YouTube, mas não existe uma solução completa de software livre para acesso em um navegador.
  • “ContentID é exatamente o que o YouTube afirma não fazer: mediando propriedade de forma privada de [publicações] sem envolver a lei.”

Uma coisa sobre o YouTube que não é um golpe moral contra ele é um software não livre nos servidores do YouTube – se houver algum. Nós, como possíveis usuários do YouTube, não podemos saber se os servidores executam algum software não livre, porque isso não nos afeta – portanto, não nos faz mal.

Se houver programas não livre em execução nos servidores do YouTube, eles maltratam o Google, negando o controle do Google sobre esse aspecto de sua computação. Esperamos que o Google recupere sua liberdade, deixando de usar esses programas não gratuitos, se houver. Mas esses programas não tratam mal os usuários do YouTube, então eles não são uma razão para recusar usar esse serviço.

Também é possível que todo o software em execução nos servidores do YouTube seja livre – software livre publicado ou software livre privado não lançado.


Para postar um vídeo sem exigir um software não livre para exibi-lo, você pode colocar o vídeo como um arquivo Ogg Theora ou WebM em um site comum. Se você está preocupado com a possibilidade de haver muito tráfego de download, pode semear um torrent e sugerir que as pessoas baixem por meio dele.

Outra forma de publicar vídeos na web usando software livre é o GNU MediaGoblin. O ideal é que você configure seu próprio servidor ou execute um para sua família e amigos, mas também pode postar em servidores públicos.

Por favor, contribua para o GNU MediaGoblin se você puder.